Trump anunciou um tarifaço global em fevereiro de 2025, elevando a taxa ao Brasil para 50% e pressionando México, Colômbia e Canadá. A medida visa reduzir o déficit comercial americano e gera tensão no USMCA.
MaisUSMCA – o acordo que remodela o comércio na América do Norte
Quando falamos de USMCA, o Tratado entre Estados Unidos, México e Canadá que substituiu o NAFTA em 2020. Também chamado de Acordo Estados‑México‑Canadá, ele visa modernizar regras comerciais, reforçar padrões de trabalho e abrir novos mercados. Comércio internacional é a troca de bens e serviços entre países funciona como a espinha dorsal do USMCA, conectando indústrias, agricultores e consumidores de toda a região.
Principais componentes do USMCA
O acordo abrange tarifas, impostos sobre importação que costumam encarecer produtos estrangeiros e estabelece limites quase nulos para a maioria dos bens manufaturados. Essa redução de tarifas estímula a competitividade e favorece cadeias de suprimentos mais integradas. Além disso, o USMCA define regras de origem, critérios que determinam se um produto realmente nasce no território dos três países. Sem essas regras, as vantagens tarifárias desaparecem, o que força empresas a ajustar processos de produção.
Um exemplo prático: para que um carro seja elegível à isenção tarifária, pelo menos 75% de seus componentes devem ser produzidos na América do Norte. Essa exigência de origem cria um efeito cascata nas indústrias de aço, alumínio e eletrônicos, estimulando investimento interno e reduzindo dependência de fornecedores fora da região. Ao mesmo tempo, o acordo impõe padrões de transparência que facilitam a auditoria de documentos de origem.
Outra camada importante são as cadeias de suprimentos, as redes interligadas que movimentam matérias‑primas, componentes e produtos acabados. O USMCA introduz cláusulas de notificação precoce para interrupções, o que ajuda empresas a planejar contingências e minimizar perdas. Por isso, a gestão de risco se torna essencial para quem opera no setor automotivo, eletrônico ou agrícola.
O acordo também traz mudanças significativas para a agricultura, setor que inclui grãos, carnes e produtos lácteos. O USMCA elimina quotas remanescentes e abre novos mercados para produtos como carne bovina mexicana e frutas brasileiras que entram via rotas de exportação canadenses. Essas oportunidades criam uma relação direta entre produtores locais e cadeias de suprimentos globais, impulsionando a competitividade.
Por fim, a proteção de propriedade intelectual e os padrões trabalhistas foram reforçados. As empresas que atendem a requisitos de propriedade intelectual, direitos sobre invenções, marcas e criações encontram menos barreiras para comercializar inovações nos três países. Isso gera incentivo para P&D (pesquisa e desenvolvimento) e conecta universidades, centros de inovação e indústrias.
Em resumo, o USMCA estabelece que regras de origem influenciam tarifas, que por sua vez moldam cadeias de suprimentos, tudo dentro de um ambiente de comércio internacional mais transparente. Nos próximos blocos, você encontrará análises detalhadas sobre como esses elementos afetam diferentes setores, quais oportunidades surgem para exportadores brasileiros e como adaptar sua estratégia de negócios ao novo cenário norte‑americano.