Dia Mundial do Cão: 5 filmes para ver e a volta dos festivais caninos em 2025

O calendário dos amantes de pets tem uma data que une sofá, pipoca e rabo abanando: o Dia Mundial do Cão, celebrado em 26 de agosto em boa parte do mundo. E 2025 promete mais do que post fofo: festivais dedicados a filmes caninos voltam à estrada, novos títulos circulam em mostras e clássicos seguem lotando sessões especiais. Sem um guia oficial à mão, montamos uma curadoria com cinco filmes certeiros para maratonar e um panorama do que vem por aí nos eventos temáticos.

Por que os filmes de cachorro continuam a emocionar

Histórias com cães funcionam porque falam de lealdade, perda e recomeços sem rodeio. O espectador se vê ali: quem nunca projetou num pet a ideia de lar? É por isso que dramas caninos atravessam gerações, animações conquistam crianças e adultos, e até o terror encontra espaço quando brinca com a relação humano–animal. Outra razão: esses filmes costumam virar ponte entre entretenimento e causa social, puxando doações e adoções responsáveis em sessões especiais.

Para quem quer celebrar a data com um bom filme, a lista abaixo entrega variedade: drama baseado em fatos, comédia familiar, animação autoral, narrativa espiritualizada e uma aposta de terror para quem curte algo fora da curva. Escolha o clima da noite e siga.

  • Sempre ao Seu Lado (Hachi: A Dog’s Tale, 2009) — Inspirado na história real do Akita que esperava diariamente pelo tutor numa estação no Japão, o filme com Richard Gere é o pacote completo de emoção. Funciona como porta de entrada para quem quer algo comovente, mas contido. Prepare o lenço.
  • Marley & Eu (2008) — Adaptação do best-seller de John Grogan, mostra a vida do casal que aprende a ser família com um labrador destrambelhado. É divertido, caótico e, no fim, um lembrete simples: o amor bagunçado é o que fica.
  • Quatro Vidas de um Cachorro (A Dog’s Purpose, 2017) — Aqui, a ideia é acompanhar um cão que renasce em diferentes lares, costurando uma reflexão leve sobre ligação e permanência. Para quem gosta de mensagens otimistas e narrativa episódica.
  • Ilha dos Cachorros (Isle of Dogs, 2018) — Wes Anderson leva o stop-motion a um patamar caprichado: visual marcante, humor seco e uma aventura sobre um garoto em busca do seu cão. É a pedida para quem quer algo diferente, com estilo e camadas.
  • Good Boy — O título circula no circuito de terror recente como contraponto aos dramas açucarados. Dependendo da versão exibida, a premissa flerta com humor negro e tensão psicológica. Vale para quem quer quebrar expectativas e discutir como a cultura pop também explora o vínculo com cães por ângulos menos óbvios.

Como montar a sessão perfeita em casa? Luz baixa, água fresca para o pet e som em volume confortável — cães podem se estressar com graves intensos. Evite petiscos perigosos (chocolate, uva, cebola) e prefira snacks próprios para animais. Uma coberta no chão já vira “poltrona” canina.

Agenda canina: festivais e estreias de 2025

Dois nomes puxam a fila entre os eventos que costumam movimentar o calendário: o Top Dog Film Festival e o New York Dog Film Festival. O primeiro virou uma turnê internacional de curtas e documentários que celebram aventuras, resgates e histórias de superação canina. A cada edição, a curadoria muda, com sessões em salas tradicionais e apresentações ao ar livre em algumas cidades. Para 2025, a organização trabalha um circuito ampliado, com paradas em mercados onde a comunidade pet cresceu muito desde a pandemia.

Já o New York Dog Film Festival, realizado anualmente, combina cinema e ativismo: exibe programas de curtas, costuma promover encontros com diretores e frequentemente faz parceria com abrigos locais para arrecadar doações. Quem estiver em viagem tem boas chances de pegar uma sessão temática entre a primavera e o outono do hemisfério norte.

E o que mais vem por aí? Além de retrospectivas e mostras com clássicos que nunca saem de cartaz, cinemas independentes tendem a organizar maratonas no fim de agosto, alinhadas ao Dia Internacional do Cão. Em 2025, programações especiais devem misturar reexibições queridas (Marley & Eu e Hachi são figurinhas carimbadas) com títulos que circulam em festivais, casos de documentários sobre adestramento, esportes caninos e histórias de adoção.

Vale um ponto fora da curva: a presença de filmes de terror ou suspense com temática canina, como Good Boy, tem crescido em sessões de meia-noite. Não é a praia de todo mundo, mas chama atenção para o quanto o universo dos cães também rende metáforas sociais — dependência, solidão, controle — em formatos alternativos.

Quer participar ativamente dessa onda? Alguns caminhos práticos ajudam a entrar no clima — e ainda fazer diferença.

  • Acompanhe as redes dos festivais (Top Dog Film Festival e New York Dog Film Festival) para datas, cidades e chamadas de voluntariado.
  • Fique de olho em cinemas de bairro e centros culturais: muitas sessões temáticas são anunciadas com pouca antecedência.
  • Leve doações simples para eventos beneficentes: ração lacrada, jornal, cobertores e produtos de higiene são sempre bem-vindos.
  • Se for com o pet, confirme as regras: nem toda sala aceita animais, e eventos ao ar livre costumam exigir guia, identificação e vacinação em dia.

O recado final é direto: a combinação de filme e causa funciona. Festivais reúnem gente, histórias e recursos que impactam abrigos locais. E uma boa maratona em casa, com os títulos certos, lembra por que essa parceria milenar entre humanos e cães segue sendo uma das melhores narrativas que a gente tem para contar.