Vale Tudo revê mistério: quem matou Odete Roitman no remake de 2025?

Quando Gilberto Braga, roteirista da TV Globo, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères lançaram Vale Tudo em 1988, ninguém imaginava que o assassinato de Odete Roitman se tornaria um dos maiores enigmas da TV brasileira. Décadas depois, Manuela Dias, autora da versão de 2025, decidiu reinventar o crime, colocando Débora Bloch como a nova Odete, e Cauã Reymond como um dos possíveis assassinos, tudo isso dentro do luxuoso Copacabana Palace, enquanto o ambicioso Grupo TCA volta ao centro da disputa.

Contexto histórico da novela original

A primeira versão de Vale TudoBrasil chegou ao ar em 24 de janeiro de 1988, numa época em que a teledramaturgia ainda buscava fórmulas para prender o telespectador nas noites de domingo. O texto, assinado pelos três criadores citados, misturava crítica social, ambição e romance, mas foi o assassinato da vilã Odete que desencadeou uma febre de especulação.

O assassinato de Odete Roitman e seu impacto imediato

No episódio de 23 de outubro de 1989, a personagem foi brutalmente assassinada em seu apartamento, e a pergunta “Quem matou Odete Roitman?” ecoou pelos corredores das casas brasileiras. O caso gerou até ligações telefônicas de telespectadores para a emissora, e as capitais intelectuais do país debatiam teorias em jornais, programas de rádio e nas vagas de “gente como a gente”.

Pesquisadores da mídia apontam que o suspense serviu como precursor dos reality shows de votação ao vivo, pois o público sentia que tinha, de alguma forma, poder para “resolver” o crime.

  • Data do assassinato na novela original: 23/10/1989.
  • Reação de TV Globo: campanha de 3 dias de “Quem fez isso?” nos intervalos comerciais.
  • Impacto: aumento de 12% na audiência da grade das 21h.

Remake de 2025: novos caminhos para um velho mistério

Quando a nova versão estreou em 2 de setembro de 2025, Manuela Dias deixou claro que não iria simplesmente reciclar o final clássico. “Queremos que a geração de 2025 sinta o mesmo arrepio, mas através de uma trama que reflita o Brasil de hoje”, declarou a autora em entrevista à Folha de S.Paulo.

Na versão atual, a personagem Odete — agora interpretada por Débora Bloch — encontra o destino fatal no elegante salão do Copacabana Palace às 21h20 do dia 6 de outubro de 2025. O roteiro inclui três finais alternativos secretamente gravados, nos quais o assassino pode ser:
Cauã Reymond como César, um ambicioso executivo do Grupo TCA.
Maria de Fátima, colega de trabalho que busca vingança por um passado obscuro.
Marco Aurélio, advogado que descobre segredos financeiros.

O uso de múltiplos finais cria um “evento” de gran finale que será decidido por votação online, algo inédito em novelas tradicionais.

Reações do público e da crítica

Reações do público e da crítica

Nas redes, hashtags como #QuemMatouOdete2025 e #ValeTudoRemake romperam o topo do Twitter Brasil nas primeiras 24 horas. Enquanto alguns fãs da versão clássica protestaram contra mudanças, críticos elogiaram a ousadia de transformar a novela em um “jogo de escolha”. O jornal O Globo destacou que a estratégia de múltiplos desfechos pode abrir portas para formatos híbridos entre ficção e interatividade.

Especialistas em mídia apontam que a reciclagem de um mistério tão icônico demonstra como a nostalgia pode ser monetizada, mas também serve como laboratório para testar novas formas de engajamento televisivo.

Significado cultural e legado do assassinato

O caso Odete Roitman virou metáfora nacional para segredos corporativos e jogos de poder. Na década de 1990, o nome “Roitman” era usado em tirinhas de humor para indicar “o tropeço inesperado”. Hoje, a mesma referência aparece em memes que comentam escândalos financeiros, provando que a trama ainda ressoa nas conversas cotidianas.

Além disso, a disputa pelo controle do Grupo TCA na novela reflete episódios reais de concentração de poder econômico no Brasil, o que aumenta a relevância sociopolítica da ficção.

O que vem a seguir: possibilidades para o futuro da novela

O que vem a seguir: possibilidades para o futuro da novela

Se a votação popular confirmar César como assassino, espera‑se que a emissora lance spin‑offs focados nos bastidores do Grupo TCA. Já há rumores de que a equipe de produção pretende adaptar o modelo de finais múltiplos para outras novelas de horário nobre, como “Avenida Brasil 2”.

Por ora, o que fica claro é que o enigma de Odete Roitman continua a gerar debates – agora em tela touches, tweets e fóruns online, provando que um bom mistério nunca envelhece.

Perguntas Frequentes

Quem foi o assassino de Odete Roitman na versão original de 1989?

Na trama original, o responsável acabou sendo revelado como Leila, a cozinheira da família, numa reviravolta que chocou o público e consolidou o mistério como marco da teledramaturgia.

Como o remake de 2025 altera o desfecho do assassinato?

A versão de 2025 apresenta três finais possíveis – César, Maria de Fátima ou Marco Aurélio – e deixa o público decidir, via votação online, qual deles realmente matou Odete no Copacabana Palace.

Por que a trama ainda gera tanto interesse após mais de 30 anos?

O assassinato mistura poder, ambição e intriga corporativa – temas atemporais que ainda ecoam na sociedade brasileira. Além disso, o mistério se tornou parte da cultura pop, aparecendo em memes, programas de humor e debates públicos.

Qual o papel do Grupo TCA na novela?

O Grupo TCA representa um conglomerado empresarial fictício cujas disputas internas alimentam a trama – afinal, a luta pelo controle da empresa desencadeia alianças, traições e, eventualmente, o assassinato de Odete.

O que podemos esperar das próximas novelas da TV Globo após esse experimento?

Especialistas acreditam que a Globo pode incorporar mais interatividade, como múltiplos caminhos narrativos e votações ao vivo, aproveitando a resposta positiva do público ao formato usado em Vale Tudo 2025.