Na noite de 20 de outubro de 2021, Rede Globo trouxe para a bancada da Tela Quente o longa Jungle Cruise, adaptado da clássica atração dos parques da Disney. O filme, que já havia estreado nos cinemas brasileiros e no Disney+ via Premier Access, chegou à televisão gratuita, permitindo que milhões de lares assistissem à aventura de capitão e cientista em busca de um misterioso árbol da vida.
Um passeio que virou filme
A atração Jungle Cruise abriu suas portas em 17 de julho de 1955 no Disneyland, Anaheim. Desde então, replicada em quatro parques ao redor do globo — Magic Kingdom (Flórida), Tokyo Disneyland (Japão) e Hong Kong Disneyland (Hong Kong) — a atração se tornou sinônimo de humor sacado de guias de barco e animais animatrônicos que surgem de repente.
Curiosamente, ao contrário de sucessos como "Piratas do Caribe", que migraram do cinema para os parques, foi a própria atração que inspirou a produção cinematográfica. As primeiras conversas sobre a adaptação datam de 2004, mas só ganharam ritmo em 2018, quando a Disney confirmou que a história seria levada para as telas com o toque de um diretor de ação.
Quem dirigiu e quem protagonizou
O diretor espanhol Jaume Collet‑Serra, conhecido por sucessos como "The Commuter", esteve à frente do projeto. Ele trouxe para o roteiro a mesma energia dos diálogos improvisados da atração, equilibrando humor e perigo.
No papel de capitão, cabe Dwayne Johnson. O ex‑lutador, nascido em Hayward, Califórnia, em 2 de maio de 1972, descreveu o personagem como "um barco frágil, mas cheio de atitude". Para dar corpo ao papel, Johnson passou quatro semanas em treinamento intensivo: remava diariamente, escalava rochedos artificiais e praticava o manejo de pistolas de época.
Ao lado dele, a britânica Emily Blunt, nascida em 23 de fevereiro de 1983, interpreta a intrépida pesquisadora Lily Houghton. Blunt treinou em águas rasas para as sequências de remo e fez cursos de sobrevivência na selva para transmitir credibilidade nas cenas de combate contra cobras e jacarés animatrônicos.
Curiosidades dos bastidores
- Foi construído um barco funcional de 27 metros, que, segundo Johnson, "precisa de muito cuidado, mas tem personalidade própria".
- Um segundo barco foi montado sobre uma plataforma giratória que permitia movimentos de rotação de até 360°, facilitando cenas de quedas e giros.
- O custo de produção ultrapassou US$ 200 milhões, cifra que inclui efeitos visuais avançados para recriar a selva amazônica e o rio Congo.
- A trilha sonora foi composta por James Newton Howard, que já trabalhou em "Malévola" (2014).
- Durante a estreia, Johnson afirmou que "interpretar Frank é como levar a magia dos parques para o cinema", reforçando a ligação direta entre a atração e o filme.
Recepção no Brasil
Quando o filme chegou aos cinemas brasileiros em 29 de julho de 2021, arrecadou cerca de R$ 20 milhões na primeira semana, segundo dados da Ancine. A estreia no Disney+ – via Premier Access por €21,99 – permitiu que o público que ainda não havia ido ao cinema assistisse ao longa em casa. A transmissão pela Globo foi, para muitos, a primeira oportunidade de ver o filme sem custos adicionais.
Críticos da TV Globo elogiaram a química entre Johnson e Blunt, bem como a fidelidade aos elementos cômicos da atração. O público, por sua vez, destacou a nostalgia ao reconhecer as piadas dos guias de barco, agora entregues pelos personagens principais.
Impacto cultural e legado
Com 66 anos de história até 2021, a Jungle Cruise é uma das atrações mais longevas da Disney. O filme reforçou a presença da marca nos cinemas e mostrou que o parque pode ser fonte de inspiração para novas narrativas. Além disso, a parceria com a Globo ampliou a estratégia da Disney de alcançar audiências em mercados emergentes, usando a TV aberta como ponte.
Especialistas apontam que esse modelo — transformar uma atração em filme e depois distribuí‑lo em múltiplas plataformas — pode ser replicado em outras franquias da Disney, como "Haunted Mansion" e "It’s a Small World". A expectativa agora é que, nos próximos anos, mais atrações clássicas recebam versões cinematográficas, alimentando um ciclo de nostalgia comercial.
Próximos passos
Após a exibição na Tela Quente, a Globo programou reprises ao longo de 2022, garantindo que novas gerações descubram a história. Enquanto isso, a Disney anunciou planos de atualizar a experiência da atração com novas animações e efeitos de realidade aumentada, mantendo o charme original, mas com tecnologia de ponta.
Para os fãs de Johnson e Blunt, o futuro pode reservar sequências ou spin‑offs, já que o contrato com a Disney permanece aberto e os números de bilheteria ainda são analisados. Por enquanto, o que fica claro é que a magia dos rios da selva continua viva, tanto nos parques quanto nas telas.
Perguntas Frequentes
Como a atração Jungle Cruise influenciou o roteiro do filme?
Os roteiristas mantiveram o tom humorístico dos guias de barco, inserindo diálogos improvisados e situações de risco que aparecem nas filas da atração, como encontros com animais animatrônicos.
Quais foram as principais dificuldades da produção?
Construir um barco totalmente funcional que suportasse cenas de ação de alta velocidade foi o maior desafio. Além disso, recriar a selva amazônica com efeitos visuais realistas exigiu mais de US$ 200 milhões em orçamento.
Qual foi a recepção do público brasileiro na TV aberta?
A audiência da Globo superou 5 milhões de telespectadores na estreia, indicando grande interesse, sobretudo entre famílias que buscavam entretenimento pós‑pandemia.
O filme pode gerar sequências?
Ainda não há anúncios oficiais, mas contratos com os protagonistas permanecem ativos, e a bilheteria está sendo analisada para avaliar a viabilidade de um segundo longa.
Como a Disney pretende atualizar a atração nos parques?
A companhia anunciou que investirá em novas animações e em tecnologia de realidade aumentada, permitindo que os visitantes interajam com personagens digitais durante o percurso.
Ana Carolina Oliveira
outubro 24, 2025 AT 20:24Jungle Cruise na Globo foi incrível, adorei ver a aventura de Dwayne e Emily direto da sala de estar!
Bianca Alves
novembro 4, 2025 AT 23:04Realmente a produção demonstra um comprometimento artístico notável, digna de uma experiência cinematográfica refinada 😊.
Carlos Eduardo
novembro 16, 2025 AT 01:44Ao assistir a transmissão, senti como se estivesse realmente navegando por entre as árvores gigantes, cada explosão de água trazia um arrepio de adrenalina. A paisagem brasileira ao fundo fez a ambientação ainda mais imersiva, trazendo aquele toque de nostalgia que só a Disney consegue. Dwayne Johnson trouxe toda a força do capitão, mas manteve um humor ácido que contrastou perfeitamente com a determinação de Emily Blunt. As piadas improvisadas lembram os diálogos que escutamos nas filas das atrações, e isso fez a experiência se tornar quase interativa. No fim, a combinação de efeitos visuais e trilha sonora criou uma atmosfera que permanecerá na memória por muito tempo.
Murilo Deza
novembro 27, 2025 AT 04:24Assistir essa novela virou um festival de efeitos especiais, mas... será que valeu tanto a pena? A produção pareceu exagerar nos gastos, e... a história acabou ficando meio sem foco... ;)
Ricardo Sá de Abreu
dezembro 8, 2025 AT 07:04Que delícia reviver a magia dos parques sem sair de casa!
O barquinho de 27 metros parecia tão real que dava vontade de subir a bordo e sentir o vento no rosto.
A escolha do Jaume Collet‑Serra como diretor trouxe uma energia que fez a aventura pulsar a cada cena.
Dwayne Johnson, com seu carisma, conseguiu equilibrar a força bruta e o toque cômico que a atração original tem.
Emily Blunt, por sua vez, trouxe uma inteligência afiada, mostrando que a ciência na selva também pode ser divertida.
Os efeitos de água foram tão bem trabalhados que quase me molhei no sofá.
A trilha de James Newton Howard virou o coração pulsante da jornada, intensificando momentos de tensão.
Um detalhe que me surpreendeu foi a atenção aos pequenos animais animatrônicos, que surgiam como se fossem verdadeiros habitantes da selva.
A produção ainda investiu em tecnologia de realidade aumentada para as futuras atualizações da atração, o que abre novas possibilidades para o público.
É incrível observar como uma ideia de parque pode inspirar um filme de mais de 200 milhões de dólares.
Esse investimento mostrou que a Disney ainda acredita no poder da nostalgia para atrair públicos de todas as idades.
Ao mesmo tempo, a transmissão pela Globo mostrou que a TV aberta ainda tem espaço para grandes lançamentos, atingindo milhões de lares.
Os números de audiência, ultrapassando 5 milhões de telespectadores, confirmam a relevância do conteúdo.
Além disso, a estratégia de distribuir o filme em múltiplas plataformas – cinema, streaming e TV – pode ser modelo para outras franquias.
Em resumo, Jungle Cruise conseguiu transformar a emoção de uma fila de parque em uma experiência cinematográfica completa, sem perder a essência que a tornou icônica.