Maringá comemorou nesta quarta-feira o oitavo aniversário da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal. O evento, realizado no Auditório Hélio Moreira, homenageou autoridades que ajudaram a consolidar a ação. A patrulha, que realiza visitas de proteção e acompanha medidas judiciais, registrou mais de 2 mil ocorrências em 2025, atendendo em média oito casos por dia.
MaisViolência doméstica: o que fazer quando o medo bate à porta
Se você sente que algo não está certo em casa, não está sozinha. A violência doméstica pode aparecer de mil formas – gritos, agressões físicas, controle exagerado ou até isolamento social. O primeiro passo é reconhecer o problema, porque só depois a gente consegue agir.
Sinais de alerta que você não pode ignorar
Nem sempre a violência deixa marcas visíveis. Fique atenta a comportamentos como:
- Seu parceiro controla quem você fala ou onde vai.
- Ele ou ela faz comentários que diminuem sua autoestima.
- Você se sente constantemente com medo de fazer algo “errado”.
- Há manchas ou machucados que não são explicados.
- Seu celular ou redes sociais são monitorados sem sua permissão.
Se algum desses itens soa familiar, é hora de buscar informação. Conversar com alguém de confiança – amiga, familiar ou colega – costuma ser o primeiro alívio.
Como denunciar e onde encontrar apoio
Denunciar pode parecer impossível, mas o Brasil tem uma estrutura que facilita a proteção da vítima. Ligue para 180 – o telefone da Central de Atendimento à Mulher – e fale sem medo de ser julgada. O serviço funciona 24 horas, aceita ligações anônimas e orienta sobre os próximos passos.
Além do telefone, existem delegacias especializadas (DEAMs) que tratam da violência contra a mulher. Leve documentos pessoais, se possível, e provas (fotos, mensagens, testemunhas). O policial vai registrar seu caso e encaminhar para o Ministério Público, que pode solicitar medidas protetivas.
Para apoio psicológico, procure Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou ONGs como a Casa da Mulher Brasileira. Elas oferecem atendimento gratuito e grupos de apoio, onde você pode compartilhar sua experiência e receber orientações de profissionais.
Se a situação envolve crianças ou idosos, a denúncia pode ser feita ao Conselho Tutelar (para menores) ou ao Ministério da Saúde (para idosos). Cada caso tem um canal específico, mas a regra geral é: não esperar que a violência acabe por conta própria.
Olha, a gente entende que sair da rotina abusiva pode ser assustador. Por isso, além de denunciar, é fundamental planejar a saída: arrume documentos, dinheiro guardado e, se possível, um lugar seguro para ficar. Muitas ONGs têm abrigos temporários que oferecem cama, alimentação e suporte jurídico.
Por fim, lembre‑se de que ninguém merece ser maltratado. Você tem o direito de viver sem medo, de escolher seu próprio caminho e de receber respeito. Se identificar algum sinal de violência doméstica, procure ajuda imediatamente. Cada passo, por menor que pareça, é um avanço rumo à liberdade.