Na primeira reunião do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo, nova previsão indica aumento da Selic em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano. A decisão busca conter a inflação, atualmente em 5,5%, acima da meta de 4,5%. Espera-se uma postura agressiva do Copom, considerando fatores como alta do dólar e pressão interna por aumento de preços dos combustíveis.
MaisInflação no Brasil: entenda o que está acontecendo
Nos últimos meses, a gente tem sentido o peso dos preços em quase tudo: super, gasolina, até o lanche da rua. Essa sensação tem nome – inflação – e não é só uma frase de economia, é algo que chega direto ao seu bolso. Se você ainda não sabe o que está por trás desse aumento, continue lendo que vamos simplificar tudo.
A inflação acontece quando, em geral, há mais dinheiro circulando que produtos e serviços disponíveis. Quando a demanda supera a oferta, os preços sobem. No Brasil, a combinação de fatores internos (como política fiscal e salários) e externos (preços internacionais do petróleo e alimentos) intensifica esse movimento.
Um dos grandes vilões atuais são os alimentos. As safras de soja, milho e trigo têm sofrido com clima irregular, o que encarece tudo, de arroz a carne. Energia elétrica e combustíveis também não ficam atrás: a alta do dólar eleva o custo da gasolina e da energia, que depois repassa para o preço da luz nas casas.
Além dos itens de consumo, a inflação mexe com o seu salário. Se o seu ganho não acompanha o aumento dos preços, o poder de compra cai. Isso significa que você consegue comprar menos com a mesma quantia. Muitos serviços, como planos de saúde e mensalidades escolares, também ajustam os valores com base na inflação, ampliando o efeito no orçamento familiar.
Por que os preços sobem?
Primeiro, a política de juros. Quando o Banco Central diminui a taxa Selic, o crédito fica mais barato, a gente gasta mais e a demanda sobe. Se a economia ainda não tem oferta suficiente, o preço reage. Segundo, o câmbio. O real está fraco em relação ao dólar, então tudo que vem de fora fica mais caro. Por fim, questões estruturais como logística precária e impostos altos aumentam o custo de produção e distribuição, refletindo no preço final ao consumidor.
Dicas práticas para enfrentar a inflação
1. Planeje as compras: faça listas, evite impulsos e aproveite promoções de produtos que não estragam rápido.
2. Reavalie contratos: se possível renegocie plano de internet, telefone e energia. Muitas operadoras oferecem tarifas mais baixas para quem pede.
3. Invista em itens duráveis: trocar um eletrodoméstico velho por um modelo mais eficiente pode reduzir a conta de luz e água a longo prazo.
4. Diversifique a renda: um trabalho freelancer, venda de artesanato ou serviços de entrega podem complementar o salário e amortecer a perda de poder de compra.
5. Controle o consumo de energia: desligue luzes desnecessárias, use lâmpadas LED e evite deixar eletrodomésticos ligados sem uso.
Seguindo essas ideias simples, dá para minimizar o impacto da inflação no seu cotidiano. O caminho não é eliminar o aumento dos preços, mas adaptar suas finanças para manter a tranquilidade. Fique de olho nas notícias econômicas, ajuste seu orçamento sempre que precisar e lembre‑se: pequenas mudanças somam grandes resultados.