A Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou, nesta quinta‑feira, a nomeação de diretor interino ANA para assumir a chefia da instituição. O nome indicado é Nazareno Marques Araújo, atualmente superintendente de Planejamento, Programas e Projetos da própria agência. A publicação oficial ocorreu no Diário Oficial da União, marcando o fim do mandato de Filipe Sampaio Cunha, que expirou em 15 de janeiro de 2025.
Quem é Nazareno Araújo?
Formado em engenharia civil e com mestrado em recursos hídricos, Nazareno Araújo tem mais de duas décadas de experiência no setor de saneamento e gestão de recursos hídricos. Sua carreira começou no Ministério das Cidades, onde atuou em projetos de captação e distribuição de água em áreas metropolitanas. Em 2016, ingressou na ANA como analista senior e, desde 2020, ocupa a superintendência de Planejamento, Programas e Projetos, cargo que envolve a definição de metas de investimento, a elaboração de planos de ação e a coordenação de parcerias estratégicas com estados e municípios.
Além do currículo técnico, Araújo é reconhecido por um estilo de gestão colaborativo. Em seu último semestre na superintendência, liderou a revisão do Programa Nacional de Saneamento Básico, buscando maior integração entre federal, estadual e local. Essa experiência deve ajudá-lo a assumir a direção interina da agência num momento de transição importante.
Impactos da nomeação e panorama da diretoria da ANA
A escolha de Araújo faz parte de um rejumble mais amplo na estrutura de comando da ANA. Junto a ele, Marco José Melo Neves – superintendente de Regulação do Uso dos Recursos Hídricos – foi considerado interino para assumir a diretoria a partir de 15 de julho de 2025, substituindo Mauricio Abijaodi. Ambos constam na lista de substitutos que entrou em vigor em outubro de 2023, criada para garantir continuidade administrativa enquanto se aguarda a indicação de novos diretores permanentes pelo presidente da República, submetidos à aprovação do Senado.
Atualmente, a diretoria da ANA conta com duas posições permanentes: a Presidenta‑Diretora Verônica Sánchez e a diretora Ana Carolina de Castro, ambas com mandatos estendidos até 2026. Com a saída de Filipe Sampaio Cunha, três das cinco vagas ficam ocupadas por interinos – Araújo, Neves e Marcelo Medeiros, superintendente de Rede Hidrometeorológica. Essa configuração está prevista na Lei nº 13.848/2019, que permite que diretores interinos permaneçam no cargo por até 180 dias ou até que um nomeado definitivo seja confirmado.
Para o setor de recursos hídricos, a manutenção da governança é crucial. A ANA tem sob sua alçada a regulação de represas, a definição de outorgas de uso da água e a supervisão de políticas de saneamento básico. Qualquer lacuna na liderança pode retardar processos de outorga e comprometer metas climáticas. Por isso, a nomeação de profissionais já inseridos na estrutura institucional é vista como estratégia para evitar descontinuidade.
Especialistas apontam que a presença de três interinos pode gerar desafios de alinhamento estratégico, sobretudo se houver divergências de visão entre os diretores temporários e os permanentes. No entanto, a experiência prévia de Araújo e Neves em áreas complementares – planejamento versus regulação – pode criar sinergias úteis durante o período de transição.
Enquanto o presidente da República ainda não definiu os novos nomes a serem submetidos ao Senado, a ANA continua operando normalmente, garantindo a prestação de serviços essenciais de água e saneamento a milhões de brasileiros. A expectativa é que os nomes interinos, ao final de seus mandatos de seis meses, entreguem relatórios detalhados que sirvam de base para a escolha dos futuros diretores.
Thaynara Araújo
setembro 24, 2025 AT 18:13Parabéns ao Nazareno! Essa nomeação é um sinal de que a ANA valoriza quem cresceu dentro da instituição. Ele sabe o que precisa ser feito e tem a confiança da equipe. Espero que consiga manter a continuidade sem burocracia pesada.
A gente precisa de gente que entende o dia a dia da água, não só teóricos de gabinete.
Kátia Couto
setembro 26, 2025 AT 03:09É impressionante como, mesmo em meio à instabilidade política, a ANA ainda consegue manter alguma estabilidade técnica. A escolha de Nazareno Araújo demonstra que a meritocracia, embora rara, ainda existe. Seu histórico em planejamento integrado é exatamente o que o setor precisa agora - transição sem caos, com base em dados reais e não em interesses políticos.
Vinícius Damaso
setembro 26, 2025 AT 19:42mano o nazareno é o cara msm kkkkk
ele que fez o plano de saneamento que a gente ta usando agora, se nao fosse ele a gente tava perdido
tem gente que acha que o governo muda tudo de uma hora pra outra mas nao, o que funciona fica
ele é o cara que sabe o que ta rolando no terreno
Juliana Nogueira
setembro 27, 2025 AT 23:06É válido destacar que a permanência de diretores interinos por mais de 180 dias, embora tecnicamente permitida pela lei, representa uma falha estrutural na nomeação de titulares. A ANA não pode funcionar como uma instituição de transição permanente. A nomeação de Araújo é positiva, mas não substitui a necessidade de um processo transparente e público de seleção, com participação da sociedade civil.
lilian flores
setembro 28, 2025 AT 02:23ah sim, mais um engenheiro que nunca viu uma cisterna de verdade. Tudo bem que ele tem mestrado, mas e a realidade do Nordeste? E os municípios que não têm nem água encanada? Ele vai resolver isso com planos de ação? Só porque trabalha na ANA não quer dizer que entende o que acontece fora de Brasília.
vanildo franco
setembro 29, 2025 AT 00:25esse cara é o que a ANA precisa, sem enrolação
ele já fez o trabalho sujo, sabe o que tá errado
não precisa de político pra dizer o que fazer
é só deixar ele trabalhar
se der certo, ele vira presidente
se der errado, a culpa é do governo
mas ele tá no caminho certo
Murillo Filho
setembro 30, 2025 AT 22:15Outro nome do sistema que se auto-reproduz. Quando é que vamos ter um diretor que não veio da burocracia federal? Eles só escolhem quem já foi treinado pra servir, não pra mudar. E aí a água continua poluída, o saneamento atrasado e o povo pagando conta de água que nem sabe de onde vem.
Gustavo Quiroz
outubro 2, 2025 AT 16:12se o nazareno é o cara que fez o plano de saneamento, entao por que o brasil ainda tem 30% da populaçao sem esgoto? a resposta ta no nome: plano, nao acao
ele escreveu relatorios bonitos, mas nada mudou
agora ele vai ser diretor? mais relatorio, mais reunião, mais papel
o povo quer agua limpa, nao mais planos
Thiago Teixeira
outubro 4, 2025 AT 09:36Boa escolha. Ele conhece o sistema e já tem credibilidade interna. Isso evita travamentos.
Serrana Filetti
outubro 5, 2025 AT 18:45A nomeação de Nazareno Araújo é um exemplo de governança institucional responsável. Sua trajetória demonstra compromisso com a sustentabilidade hídrica e a integração entre níveis de governo - elementos fundamentais para a eficácia das políticas públicas. A ANA, ao priorizar a continuidade técnica, reforça seu papel como entidade neutra e especializada, essencial em um contexto de crise climática e desigualdade regional. Parabéns à equipe de seleção por manter o foco na competência, e não na politização.
Gabriel Pereira
outubro 6, 2025 AT 17:32Outro do mesmo time. Quando é que o governo vai colocar alguém que realmente se importa com o povo e não só com os relatórios? Eles só querem manter o cargo, não resolver nada.
Leila Bittern
outubro 7, 2025 AT 00:41eu só queria que alguém me explicasse por que a água tá tão cara se eles estão sempre mudando os diretores...
Mateus De Araújo Beker
outubro 7, 2025 AT 17:14mais um da turma da ANA que acha que o Brasil é um escritório de Brasília. Enquanto isso, em Fortaleza, menino de 8 anos bebe água da torneira com cheiro de esgoto e ninguém liga. Nazareno vai fazer um PowerPoint sobre isso?