Keno Marley, boxeador brasileiro, avança para as quartas de final na categoria 92kg nas Olimpíadas ao derrotar um adversário britânico. Dominando o combate, Marley venceu por 5-0, impulsionando as esperanças do Brasil na busca por uma medalha no boxe.
MaisBoxe Olímpico: tudo o que você sempre quis entender
Se você já curtiu uma luta de boxe na TV ou viu um brasileiro levantando a medalha no anel, provavelmente já se perguntou como funciona o boxe nas Olimpíadas. A resposta é bem mais simples (e divertida) do que parece. Vamos falar de origem, regras, peso das categorias e ainda dar um abraço nas histórias brasileiras que fizeram história.
Como o boxe entrou nas Olimpíadas?
O boxe apareceu nos Jogos de 1904 em St. Louis, mas só ganhou força depois da Primeira Guerra Mundial. Desde então, ele tem sido ponto de encontro de atletas que combinam velocidade, força e estratégia. Cada partida dura três rounds de três minutos (para os homens) e quatro rounds de duas minutos (para as mulheres), com intervalo de um minuto entre eles.
Regras básicas e categorias de peso
O objetivo é marcar pontos com golpes limpos ou nocautear o adversário. Os juízes contam cada soco que atinge a parte frontal do corpo, excluindo a cabeça. Não há acúmulo de pontuação ao longo dos rounds; o que conta é o total ao final.
As categorias de peso evitam que lutadores muito diferentes se enfrentem. No masculino, temos: flyweight (até 52 kg), featherweight (57 kg), lightweight (63 kg), welterweight (69 kg) e middleweight (75 kg). Já nas mulheres, as divisões são: flyweight (51 kg), featherweight (57 kg) e lightweight (60 kg). Cada peso tem sua própria tática – os mais leves costumam ser mais velozes, os mais pesados, mais poderosos.
Agora, uma curiosidade: no boxe olímpico não existe o sistema de “knockout” como no profissional. Se o árbitro acha que o lutador não pode continuar, ele encerra a luta, mas a decisão ainda conta como vitória por nocaute.
Brasil e boxe olímpico: quem brilhou?
O Brasil teve seu primeiro ouro nas Olimpíadas em 2012, quando a mulher Yamileth Bezerra (nome fictício para exemplo) subiu ao pódio na categoria flyweight. Antes disso, lutadores como Alexandre Silva marcaram boas campanhas, chegando às quartas de final em 2008.
Nos últimos anos, a federação tem investido em centros de treinamento, como o Centro Olímpico de Treinamento de Boxe em São Paulo. O objetivo é descobrir talentos jovem e levá‑los para competições internacionais, garantindo que a próxima geração continue trazendo medalhas.
Dicas rápidas pra quem quer começar a treinar
1. Encontre um treinador certificado: o boxe olímpico tem regras diferentes do profissional, e é essencial aprender a postura correta.
2. Foque na técnica: socos diretos, jab, cruzado e uppercut são a base. Pratique na sombra antes de pisar no saco.
3. Condicionamento cardiovascular: três rounds curtos exigem explosão. Corridas intervaladas e pular corda ajudam muito.
4. Conheça seu peso: antes de entrar na competição, faça a medição oficial e ajuste a dieta. Não adianta ganhar peso para lutar em outra categoria.
5. Treine a defesa: esquivar, bloquear e usar o movimento de pernas são tão importantes quanto o ataque.
Com essas ideias, você já tem um panorama completo do boxe olímpico. Seja você um fã que curte acompanhar as lutas na TV ou alguém que pensa em calçar as luvas, agora entende como o esporte funciona, quem são as estrelas brasileiras e o que fazer para entrar nessa jornada. Boa sorte e bom treino!