Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 incorporarão a tecnologia do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) nas partidas de futebol, alinhando-se a outros grandes torneios da FIFA. O VAR promete maior precisão e justiça nas decisões de arbitragem, seguindo o protocolo olímpico para manter a consistência em eventos internacionais.
MaisVAR no Futebol: tudo que você precisa saber
Se você ainda tem dúvidas sobre o que é VAR, chegou ao lugar certo. O VAR – sigla de Video Assistant Referee – é a câmera extra que fica na bancada e ajuda o árbitro a corrigir lances claros que podem mudar o resultado de uma partida. Não é magia, é tecnologia aplicada ao esporte que a gente ama.
Como o VAR funciona na prática
Quando o árbitro vê um lance duvidoso – como um gol, pênalti, impedimento ou uma falta violenta – ele sinaliza e o jogo para por alguns segundos. Nesse intervalo, o árbitro de vídeo revisa as imagens em alta definição e, se achar necessário, indica qual deve ser a decisão final. O juiz no campo vê o replay em um monitor à beira do gramado e tem até três segundos para mudar a chamada.
Todo esse processo acontece rápido para não atrapalhar a emoção do jogo. As equipes de operação do VAR ficam em uma sala central, geralmente dentro do estádio, e contam com vários ângulos de câmera. Eles usam softwares que traçam linhas precisas para medir a posição da bola, a distância entre jogadores e outras informações técnicas que o olho nu pode não perceber.
Impactos do VAR nas partidas brasileiras
No Brasil, o VAR entrou em cena nas principais competições em 2019 e, desde então, tem sido motivo de debates acalorados. Muitos torcedores reclamam dos intervalos longos, mas a maioria concorda que ele ajuda a evitar erros graves. Por exemplo, lembre‑se da partida do Coritiba contra o Criciúma, onde o VAR anulou um gol marcado fora de posição, garantindo uma decisão mais justa.
Além de corrigir erros, o VAR também mudou a postura dos jogadores. Agora eles sabem que tudo pode ser revisado, o que reduz a tentação de simular faltas ou tentar enganar o árbitro. Essa mudança de comportamento tem deixado o jogo mais limpo, mesmo que ainda haja polêmicas sobre decisões muito marginais.
Os críticos apontam que o VAR às vezes atrasa demais a partida ou dá preferência a análises técnicas que só o público com TV entende. Para equilibrar, a CBF tem investido em treinamento de árbitros e em melhorar a comunicação com o público, mostrando na tela o que está sendo revisado.
Se você acompanha a Série B, a Libertadores ou até as partidas de clubes europeus, vai notar que o VAR está presente em quase todos os jogos de alto nível. Ele já definiu títulos, evitou humilhações e, às vezes, gerou controvérsias que dão assunto para o discurso pós‑jogo. Mas no fim das contas, o objetivo é o mesmo: tornar o futebol mais justo.
Portanto, da próxima vez que o árbitro levantar o braço e o jogo parar, lembre‑se de que há uma equipe inteira analisando cada detalhe. O VAR não substitui o árbitro, ele apenas dá uma mãozinha para que a decisão final seja a mais correta possível. E isso faz toda a diferença quando a vitória está em jogo.