Uma massa de ar frio está prestes a trazer temperaturas extremas ao sul do Brasil, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, entre segunda e quarta-feira. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a frente fria trará temperaturas entre 2°C e 10°C na região, com previsão de geada e congelamento em algumas áreas. Cidades como Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba serão fortemente afetadas.
MaisTemperaturas Extremas no Brasil: o que está acontecendo?
Nos últimos anos, o clima do Brasil tem sido marcado por recordes de calor e por ondas de frio que chegam ao interior dos estados. Você já sentiu o calor sufocante entre 35 °C e 40 °C no Sudeste ou viu a temperatura despencar 5 °C abaixo da média no Centro‑Oeste? Esses fenômenos não são acidentes isolados; eles têm explicação científica e trazem consequências para a saúde, agricultura e energia.
Ondas de calor: por que chegam tão fortes?
O principal vilão das altas temperaturas é a massa de ar quente que se forma sobre o Atlântico e avança para o continente. Quando o vento sul traz essa massa para o interior, a temperatura sobe rapidamente. Além disso, o fenômeno de El Niño diminui as chuvas e deixa o solo mais seco, o que reduz a evaporação e aumenta o calor. Em 2025, foram registradas cinco ondas de calor entre junho e agosto, com picos de 38 °C em cidades como São Paulo e Goiânia.
O calor extremo afeta a saúde – aumenta casos de desidratação, queda de energia e até maior mortalidade em idosos. Na agricultura, a produção de cana‑de‑açúcar e milho sofre perdas porque as plantas não conseguem se adaptar ao calor seco.
Frio intenso: como são formadas as ondas de frio?
Quando uma frente polar fria se desloca do Sul, traz ar bem mais frio para regiões que normalmente são quentes. Isso acontece com mais frequência quando o padrão de circulação global favorece a migração de massas árticas. Em 2025, o Brasil registrou quedas de até 5 °C abaixo da média em Minas Gerais, Mato Grosso e até no norte do Estado do Pará.
O frio intenso pode causar rupturas de tubulações, aumento do consumo de energia elétrica e problemas na colheita de frutas tropicais. Também aumenta o risco de doenças respiratórias, sobretudo em crianças e idosos.
Dicas práticas para enfrentar temperaturas extremas
Calor: beba água a cada 30 minutos, use roupas leves e de cores claras, mantenha a casa ventilada ou com ar‑condicionado se possível. Evite exercícios físicos nas horas mais quentes (entre 12h e 17h). Se precisar sair, use chapéu e protetor solar com FPS 30 ou maior.
Frio: vista camadas de roupas, principalmente tecidos que isolam (lã, fleece). Proteja a cabeça, mãos e pés com luvas, boné e meias grossas. Mantenha a casa aquecida, mas evite abrir portas e janelas por muito tempo. Se a temperatura cair muito, verifique o aquecedor ou a lareira para evitar vazamentos de gás.
Além disso, fique atento às notificações dos órgãos de defesa civil. Eles costumam emitir alertas de risco climático e orientações específicas para a sua região.
Entender por que as temperaturas mudam ajuda a se preparar melhor. Acompanhe as previsões do INMET, ajuste sua rotina e cuide da saúde da família. Assim, mesmo quando o clima decide ser extremo, você estará pronto para encarar.