Setembro Amarelo é uma campanha essencial para a conscientização sobre a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental. A iniciativa, lançada em 2015 pelo CVV, visa quebrar tabus e encorajar a busca por ajuda, diminuindo os índices de suicídio. A campanha se destaca pela cor amarela que simboliza esperança e positividade, e é marcada por eventos e atividades educativas durante todo o mês de setembro.
MaisPrevenção ao suicídio: o que você pode fazer hoje
Falar sobre suicídio ainda é tabu, mas quem precisa de ajuda não espera por uma campanha. Se alguém que você conhece parece distante, perde o interesse por coisas que antes gostava ou fala sobre não ter futuro, pode estar passando por uma crise. Esses sinais não são raros; muitas vezes surgem de forma sutil. Prestar atenção e agir rápido pode salvar uma vida.
Como identificar os sinais mais comuns
Os indicadores variam, mas alguns comportamentos são fortes indicadores de que a pessoa está em risco. Falar sobre morte ou “não ser mais” de forma casual, mudar drasticamente o humor, se isolar da família e amigos, ou fazer planos repentinos sem explicação são alertas. Também é comum encontrar mensagens de despedida em redes sociais, ou o desaparecimento de objetos valiosos como dinheiro ou documentos. Quando perceber esses indícios, não espere: busque conversar.
Conversa segura e apoio imediato
Abordar o assunto pode dar um frio na barriga, mas use um tom calmo e direto. Diga algo como: “Percebi que você tem passado por coisas difíceis, e estou aqui para ouvir.” Evite julgamentos ou frases como “isso é coisa da sua cabeça”. Mostre empatia, escute sem interromper e deixe a pessoa saber que não está sozinha. Se houver risco imediato, ligue para o Centro de Valorização da Vida (188) ou procure um serviço de emergência.
Além da ligação de emergência, ofereça apoio prático: ajude a marcar uma consulta com psicólogo, acompanhe até o CAPS ou leve materiais de contato de linhas de apoio. Às vezes, apenas estar presente, sem precisar resolver tudo, faz diferença. Lembre-se de respeitar limites – você não é um profissional, mas pode ser um elo entre a pessoa e o tratamento adequado.
Cuide também da sua saúde mental. Acompanhar alguém em crise pode ser cansativo e gerar ansiedade. Converse com amigos, procure grupos de apoio ou um terapeuta para dividir a carga emocional. Quando você está bem, dá mais força para quem precisa.
Prevenção ao suicídio começa com informação e atitude. Quanto mais gente souber reconhecer sinais, mais cedo a ajuda chega. Compartilhe essas dicas com quem estiver perto de você e mantenha o canal de conversa sempre aberto. Cada palavra, cada gesto, pode ser o ponto de virada que salva uma vida.