Ozzy Osbourne, ícone do heavy metal e ex-vocalista do Black Sabbath, faleceu aos 76 anos. Apaixonado pelo Aston Villa, luta contra problemas de saúde e vícios marcou sua vida. Sua última apresentação ocorreu dias antes da morte, deixando fãs em luto pelo intérprete de hits marcantes.
MaisOzzy Osbourne – da queda ao trono do rock
Se você já ouviu alguém gritar "Crazy Train!" ou viu a figura icônica com óculos escuros, você já cruzou o caminho de Ozzy Osbourne. O cara é um dos nomes que mais marcaram a história do rock pesado e, ao mesmo tempo, conseguiu se reinventar ao longo de mais de cinco décadas.
Os primeiros passos no Black Sabbath
Nos anos 60, um grupo de garotos de Birmingham, na Inglaterra, decidiu misturar blues com timbres mais sombrios. Assim nasceu o Black Sabbath, com Ozzy na voz. O som pesado, as letras sobre temas obscuros e a presença de Tony Iommi na guitarra criaram o que hoje chamamos de heavy metal. Álbuns como Paranoid (1970) e Master of Reality (1971) foram verdadeiros marcos.
Mas o caminho não foi só ascendente. Conflitos internos, uso intenso de álcool e drogas levaram Ozzy a ser expulso da banda em 1979. Muitos pensaram que era o fim da história, mas o cantor tinha outra carta na manga.
A carreira solo que virou lenda
Logo após a saída, Ozzy assinou com a Jet Records e lançou seu primeiro álbum solo, Blizzard of Ozz (1980). A faixa "Crazy Train" logo se tornou hino das pistas de corrida e noites de festival. O álbum recebeu críticas incríveis e abriu portas para uma série de sucessos: No More Tears, Ozzmosis e Diary of a Madman.
O que diferencia Ozzy dos demais? Além da voz rasgada, ele tem um carisma que mistura o assustador com o divertido. Entre shows, ele costuma soltar frases como "Boo!" para espantar o público – era seu jeito de brincar com o apelido de "Príncipe das Trevas".
Ao longo dos anos, Ozzy enfrentou altos e baixos: uma overdose quase fatal em 1982, problemas de saúde e até o famoso incidente da pomba no palco. Mas ele sempre voltou ao palco, sempre com a energia de quem ainda tem muito a dizer.
Hoje, Ozzy tem mais de 80 milhões de álbuns vendidos no mundo inteiro, foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame tanto com o Black Sabbath quanto como artista solo, e ainda faz turnês que lotam estádios. Seu último álbum, Patient Number 9 (2022), mostrou que a criatividade não tem data de validade.
Além da música, Ozzy também se aventurou na TV com o reality show The Osbournes, que trouxe um lado familiar ao cantor e fez gerações de novos fãs se apaixonarem pela família Osbourne.
Se ainda não conhece a obra completa, comece pelos clássicos: "Paranoid", "War Pigs", "Crazy Train" e "No More Tears". Cada faixa tem uma história, um riff que grita liberdade e a voz que faz todo mundo cantar junto, mesmo que seja em tom de lamento.
Em resumo, Ozzy Osbourne é mais que um músico; ele é um símbolo de resistência, de viver intensamente e de transformar tumultos pessoais em arte. Quer entender por que o rock ainda pulsa? Ouça Ozzy e sinta a energia que atravessa gerações.