Em Salvador, dois irmãos faleceram após consumir gelatina caseira supostamente contaminada com veneno de rato. A mãe, também afetada, encontrou os filhos inconscientes. A polícia investiga, enquanto a comunidade debate sobre segurança alimentar na região.
MaisMorte de crianças: causas, impactos e prevenção
Quando falamos de morte de crianças, a gente sente um aperto no peito. É um assunto duro, mas entender o que está por trás desses episódios ajuda a evitar que mais famílias passem por esse sofrimento. Aqui vamos dividir as principais causas e dar dicas práticas que qualquer pessoa pode aplicar no dia a dia.
Principais causas de mortalidade infantil
As mortes de menores de cinco anos ainda são, em grande parte, evitáveis. No Brasil, as três maiores ameaças são doenças infecciosas, acidentes domésticos e complicações na gestação ou no parto.
Doenças infecciosas: diarreia, pneumonia e sarampo ainda matam muitas crianças, principalmente nas regiões onde o acesso a vacinas e a serviços de saúde é limitado. A falta de água tratada e saneamento básico piora o cenário, pois facilita a propagação dos germes.
Acidentes domésticos: a casa, que deveria ser o lugar mais seguro, pode ser perigosa. Quedas de escadas, afogamento em banheiras ou baldes, ingestão de produtos de limpeza e engasgamento com alimentos pequenos são causas frequentes. Crianças são curiosas e não sabem dos riscos, por isso a supervisão constante é essencial.
Complicações no parto e nos primeiros dias de vida: prematuridade, baixo peso ao nascer e falta de acompanhamento pré-natal aumentam o risco de morte nos primeiros 28 dias. Quando a mãe não tem acesso a consultas regulares, o bebê pode nascer com problemas que poderiam ter sido detectados a tempo.
Como prevenir e agir
Prevenir não é questão de sorte, é questão de prática. Comece pelo básico: mantenha a carteira de vacinação em dia e leva a criança ao pediatra regularmente. Vacinas como a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a pneumocócica são barreiras reais contra doenças graves.
Na hora de organizar a casa, pense como se estivesse montando um parque de segurança. Instale grades nas escadas, mantenha produtos de limpeza fora do alcance, use travas em armários e coloque tampas nas tomadas. Na cozinha, corte alimentos em pedaços pequenos e evite dar ao bebê objetos que possam virar risco de asfixia.
Se a criança for brincar perto de água, nunca a deixe sozinha. Um balde, a banheira ou até uma caixa d’água são armadilhas silenciosas. Um minuto de atenção pode salvar uma vida.
Para gestantes, o pré-natal não pode ficar de lado. Cada consulta verifica a pressão, o crescimento do bebê e a presença de infecções que podem ser tratadas. Quando algo não parece certo, procure o serviço de saúde imediatamente.
Em caso de acidente, a primeira reação é manter a calma e chamar ajuda. Para quedas, observe se há machucado grave, mas não tente mover a criança se suspeitar de fratura. Em engasgamentos, aplique a manobra de Heimlich se a criança for maior de um ano; para bebês, administre tapinhas nas costas e compressões no peito.
Por fim, compartilhe informação. Conversar com vizinhos, familiares e amigos sobre esses cuidados cria uma rede de proteção. Quando todo mundo está atento, as chances de um acidente fatal diminuem muito.
Enfrentar a realidade da morte de crianças não é fácil, mas conhecer os riscos e adotar medidas simples pode fazer toda a diferença. Cuide, informe e esteja sempre pronto para agir – a segurança dos pequenos depende de cada um de nós.