Três MiG-31 russos invadiram o espaço aéreo da Estônia por 12 minutos perto de Vaindloo. F-35 italianos decolaram de imediato e expulsaram as aeronaves. Tallinn acionou o Artigo 4 da OTAN e líderes europeus e dos EUA condenaram o episódio. Moscou nega a violação. O caso ocorre em meio à Operação Eastern Sentry e a outros incidentes recentes na Polônia e na Romênia.
MaisMiG-31: o que faz desse caça um ícone da aviação militar
Se você curte aviões de alta performance, provavelmente já ouviu falar do MiG-31. Essa máquina da Rússia surgiu nos anos 80 para substituir o velho MiG-25 e ainda está em serviço nas forças aéreas de vários países. Mas o que realmente o torna tão especial? Vamos bater um papo sobre sua história, tecnologia e onde ele voa hoje.
História e desenvolvimento do MiG-31
O MiG-31 nasceu num período de muita competição na Guerra Fria. Os projetistas da Mikoyan queriam um avião capaz de interceptar alvos a altíssimas velocidades e ainda ter autonomia para missões longas. O primeiro voo ocorreu em 1975, e a produção em série começou em 1981. Desde então, o caça recebeu diversas atualizações, como o MiG-31B e o MiG-31BM, que modernizaram radares, eletrônica e armamentos.
Um fato curioso: o MiG-31 conseguiu quebrar recordes de velocidade, alcançando mais de 3 Mach (cerca de 3.700 km/h). Isso o coloca entre os poucos aviões de combate que podem voar a mais de três vezes a velocidade do som, mantendo boa capacidade de manobra.
Características técnicas e desempenho
O MiG-31 pesa cerca de 27 toneladas e tem duas turbinas R-33-300. Seu radar Zaslon-M, um dos primeiros de varrimento eletrônico ativo, permite detectar inimigos a mais de 200 km. Isso significa que o piloto pode localizar alvos antes mesmo de eles saberem que estão sendo observados.
Quanto ao armamento, o caça pode levar mísseis ar-ar de longo alcance como o R-33, além de bombas guiadas e canhões de 23 mm. Essa combinação dá a ele flexibilidade para missões de defesa aérea, interceptação e até ataque ao solo.
Outra vantagem é a autonomia. O MiG-31 pode voar por mais de 3 horas sem reabastecimento, o que é ótimo para patrulhas de larga escala nos territórios extensos da Rússia. Recentemente, algumas unidades foram equipadas com sistemas de combate digital que aumentam a precisão e a eficiência em combate.
Hoje, o MiG-31 ainda está ativo em países como a Índia (onde recebeu a designação MiG-31K) e a Síria, além da própria Rússia. Seu papel principal continua sendo interceptar alvos de alta velocidade, como mísseis balísticos ou aviões de ataque que operam em altitudes elevadas.
Se você quiser entender por que esse caça continua relevante, pense nas necessidades de defesa de um país com fronteiras vastas e múltiplas ameaças aéreas. O MiG-31 oferece alcance, velocidade e potência de fogo que poucos aviões conseguem combinar.
Em resumo, o MiG-31 é mais que um avião antigo: é um programa em constante evolução que ainda entrega desempenho de ponta. Seja assistindo a um documentário sobre aviação ou acompanhando notícias de defesa, vale a pena lembrar desse caça que ainda domina os céus da Rússia e de quem o adquire.