A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou ter sido vítima de assédio sexual por Silvio Almeida. Em seu depoimento à Polícia Federal, ela descreveu comentários machistas e toques indesejados. O caso veio à tona após a publicação de um relatório, gerando uma investigação formal. O presidente Lula planeja discutir o assunto com Franco antes de decidir o futuro de Almeida.
MaisAssédio Sexual: o que é, como prevenir e onde denunciar
Assédio sexual ainda aparece em ambientes de trabalho, escolas e até nas redes sociais. É quando alguém usa poder ou posição para exigir favores íntimos, fazer comentários ofensivos ou tocar sem consentimento. Não precisa ser algo grave, basta que te deixe desconfortável ou humilhado. Reconhecer o comportamento é o primeiro passo para parar.
Tipos mais comuns de assédio sexual
Existem três formas que a gente vê com mais frequência: verbal, visual e físico. O verbal inclui piadas de mau gosto, cantadas obsessivas ou pedidos explícitos. O visual se manifesta em olhares insistentes, fotos inapropriadas enviadas por mensagem ou exibindo conteúdo pornográfico. Já o físico é o toque indesejado, abraços forçados ou até agressões mais graves. Cada um tem seu impacto, mas todos são inaceitáveis.
Além desses, o assédio pode acontecer online. Mensagens repetidas, imagens sem permissão ou chantagens digitais entram na lista. A diferença é que a internet deixa rastro, o que pode ajudar na prova, mas também facilita a propagação rápida do abuso.
Como prevenir o assédio no seu ambiente
Prevenir começa com limites claros. Se você sente que alguém está passando dos limites, fale logo, mesmo que seja desconfortável. No trabalho, a política interna de conduta deve estar visível e o RH deve ser acessível. Em escolas, professores e coordenadores precisam criar um clima onde os alunos se sintam seguros para relatar.
Treinamentos de conscientização ajudam muito. Workshops curtos sobre linguagem respeitosa e consentimento costumam mudar a postura das pessoas. Também vale incentivar canais anônimos de denúncia; quem não tem medo de retaliação tem mais chance de falar.
Se você já sofreu, procure apoio imediatamente. Conversar com alguém de confiança – amigo, familiar ou psicólogo – ajuda a lidar com o trauma. Muitas vezes, a rede de apoio é o que permite dar o próximo passo: a denúncia.
Para denunciar, comece pelo local onde ocorreu. No trabalho, registre tudo por escrito: data, hora, o que foi dito ou feito, e quem estava presente. Se houver testemunhas, peça que anotem também. Se a empresa não agir, procure o sindicato ou o Ministério Público do Trabalho.
No caso de assédio em escolas, a direção deve ser acionada. Se a instituição falhar, procure a Ouvidoria da Secretaria de Educação ou o Conselho Tutelar. Em situações de violência sexual, a delegacia da mulher (DPF) e o Disque 180 oferecem orientação e proteção.
Além das vias legais, há ONGs que prestam apoio gratuito, como a Casa da Mulher Brasileira e o Instituto Maria da Penha. Elas fornecem orientação jurídica, psicoterapia e ajudam a reunir provas. Não hesite em buscar esses recursos; você não está sozinho.
Em resumo, reconhecer o assédio, estabelecer limites claros, buscar apoio e usar os canais corretos de denúncia são passos essenciais. Cada ação conta para criar ambientes mais seguros e respeitosos para todos.