
Jogo truncado define rumo do América na Sul-Americana
No Estadio Olímpico Pascual Guerrero, em Cali, a noite do dia 14 de maio de 2025 foi marcada por um duelo eletrizante, mas sem gols. América de Cali e Huracán se enfrentaram num jogo que mexia diretamente com a tabela do Grupo C da Copa Sul-Americana. Para o América, os três pontos eram essenciais para respirar aliviado na última rodada da fase de grupos e evitar dependências nos próximos confrontos.
Desde o primeiro minuto, ficou claro que nenhuma das duas equipes estava disposta a correr riscos exagerados. O América tentou ditar o ritmo, apostando na velocidade de seus pontas para furar o bloqueio argentino. Do outro lado, o Huracán montou uma linha defensiva sólida, controlando a área e buscando explorar os espaços deixados na transição.
Apesar dos esforços, as defesas levaram a melhor sobre os ataques. Foram raros os momentos em que o goleiro do Huracán foi de fato exigido, enquanto o América esbarrou na ansiedade e na boa atuação do sistema defensivo rival. Nos minutos finais, a tensão aumentou, com ambos os técnicos promovendo mudanças ofensivas, mas o placar teimou em não sair do zero.

Bastidores agitados: classificação dramática e investigação da CONMEBOL
Empatar em casa nem sempre é motivo de comemoração, mas no contexto do grupo, o resultado teve peso estratégico para os colombianos. Dias depois, com a vitória do Huracán sobre o Corinthians, o América de Cali assegurou o segundo lugar na tabela. Com isso, a equipe vai disputar um playoff decisivo contra um time oriundo da reta final da fase de grupos da Copa Libertadores. Essa chance é vista como uma das mais importantes dos últimos anos para o time colombiano voltar a sonhar alto em competições internacionais.
No entanto, nem tudo são flores fora das quatro linhas. Após o apito final, veio à tona a notícia de que a CONMEBOL abriu uma investigação sobre o América de Cali. A entidade sul-americana não detalhou os motivos, alimentando especulações desde possíveis irregularidades administrativas a questões disciplinares. A torcida aguarda ansiosa, temendo que uma possível punição atrapalhe os planos do clube logo em um dos momentos mais decisivos de sua campanha.
O empate sem gols confirmou o panorama: América e Huracán mostrando firmeza defensiva, lutando até o fim por uma vaga, e o futebol sul-americano provando mais uma vez que emoção e incerteza caminham lado a lado na Copa Sul-Americana. Agora, os olhos se voltam para o confronto dos playoffs, onde o América terá a dura missão de encarar um adversário vindo da Libertadores, com a pressão extra da investigação pairando nos bastidores.